sexta-feira, março 30, 2007

Hotel Ruanda

Este filme trata do genocídio no Ruanda e da história verídica de Paul Rusesabagina. Em 1994, ocorreu o genocídio da minoria tutsi pela maioria hutu. Em cem dias, estima-se que morreram um milhão de pessoas, tutsi e hutu moderados. Paul Rusesabagina, de origem hutu, era gerente de um hotel na capital Kigali, frequentado por poderosos ruandeses e europeus. Conhece, assim, muitos dos principais intervenientes no massacre e, mais tarde, fará uso desses conhecimentos para ajudar a manter vivas mais de 1000 pessoas, incluindo mulher (de origem tutsi) e filhos. No meio de tudo isto, vai vivendo situações, no mínimo, de alta tensão e, frequentemente, tem de arranjar meios de proteger toda aquela gente. Ao despoletar o genocídio, Paul pensa que tudo se resolverá rapidamente e com ajuda do exterior, mas rapidamente se desilude. De facto, o filme tem o mérito de chamar a atenção para aquilo que se passou naquela zona e que não deve ser esquecido; guerras e crimes acontecem todos os dias e, por falta de informação, egoísmo ou seja o que for, é frequente ficarmos inertes e sem reacção enquanto tal acontece. A maioria destas atrocidades passam-se em locais remotos, como África, e acabam por nos dizer pouco. Mas, mesmo na Europa e há bem pouco tempo, também foram cometidos crimes semelhantes: o genocídio contra os judeus, o genocídio na Bósnia por parte de sérvios, o genocídio arménio por parte de turcos. Ao que parece, ninguém está inocente: crimes são cometidos em todo o lado.